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Na vida de uma criança, os brinquedos têm um papel fundamental. Eles são instrumentos de diversão, estímulo à criatividade e companhia nos momentos solitários. Na minha infância, um brinquedo em particular se destacou dos demais: um carrinho de controle remoto.

Várias horas do meu dia eram dedicadas a brincar com esse objeto fascinante. A sensação de poder controlá-lo mesmo à distância era mágica. Eu podia fazê-lo andar para frente, para trás, virar à direita ou à esquerda. E, quando isso acontecia, eu me sentia uma pessoa muito importante.

O meu carrinho de controle remoto era vermelho e preto, com pneus de borracha que permitiam uma ótima aderência ao chão. Ele também tinha faróis que acendiam e eram um detalhe marcante durante as brincadeiras noturnas. Tudo isso somado às infinitas possibilidades de trajetórias que ele podia percorrer, criava um ambiente de muita diversão para mim.

Com o passar dos anos, um modo diferente de brincar com o carrinho foi se descortinando. Eu comecei a convidar meus amigos para brincarmos juntos, o que tornava a experiência ainda mais divertida. Montávamos rampas, cones, circuitos e obstáculos de todos os tipos para superarmos com os carrinhos. Às vezes, os motores sobreaqueciam e precisávamos deixá-los esfriar antes de continuar a brincadeira, mas isso não diminuía nossa vontade de continuar brincando.

Com o passar do tempo, é claro que outras atividades foram se tornando mais importantes na minha vida. Estudar, trabalhar, fazer outros tipos de lazer, tudo isso foi conquistando espaço e me afastando um pouco do meu carrinho de controle remoto. Mas isso não significa que eu tenha me esquecido dele.

Ao contrário: quando vejo a caixa empoeirada com o carrinho dentro, sinto uma pontada de nostalgia. É como se tivesse um pedaço da minha infância contido ali dentro. Meu carrinho de controle remoto foi um objeto que me acompanhou por muitos anos, levando alegria e emoção para os meus dias.

Hoje, percebo que ele significou muito mais do que um brinquedo comum para mim. Através dele, aprendi sobre a importância de se divertir e de se permitir momentos de lazer. Ele também foi uma chance de exercitar a criatividade e o pensamento estratégico, já que cada trajetória nova exigia um tipo diferente de raciocínio.

Por isso, eu guardo com carinho as memórias que tenho com ele. Ele pode parecer apenas um objeto, mas para mim, é um símbolo da infância, uma fonte de alegria e uma lembrança feliz de dias que não voltam mais.